sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Projeto de Lei 267/11- Proposta de Mudança no Estatuto da Criança e do Adolescente.

 Recebi o e-mail de uma cliente e comentarei no final:
Precisamos urgente de mudanças para nossos filhos, netos, etc ... 
 
Projeto de Lei 267/11
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino.
Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente.
A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante.
Indisciplina
De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineira nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição.
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
“Todos pensamos deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando pensaremos deixar filhos melhores para nosso planeta?”


 

A realidade da adoção de crianças de até 5 anos


Norte concentra maior proporção de crianças com até cinco anos

15/10/2012 - 07h33

Pesquisa inédita feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) detalha o perfil dos pais que desejam adotar e das crianças aptas à adoção por região brasileira. Segundo o estudo, as regiões Norte e Nordeste concentram proporcionalmente a maior quantidade de crianças com até cinco anos aptas à adoção, a faixa etária requerida por nove em cada dez pais que desejam adotar no Brasil. Enquanto no Norte 26,5% das crianças inscritas no Cadastro Nacional de Adoção estão nessa faixa de idade e no Nordeste são 16,9%, nas demais regiões esse índice não chega a 10%. Essa preferência dos pretendentes é o principal empecilho à adoção no País, confirma a pesquisa, já que apenas 9 em cada 100 crianças aptas à adoção têm menos de cinco anos.
O estudo elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ analisou o universo de pessoas inscritas no Cadastro Nacional de Adoção, coordenado pela Corregedoria Nacional de Justiça, referente a agosto deste ano. Segundo o sistema, há no Brasil 28.151 homens e mulheres que desejam adotar um filho. A maior parte deles (85%) está das regiões Sudeste e Sul, que respondem por 56,5% da população brasileira, de acordo com o Censo 2010. Quatro em cada dez pretendentes brasileiros possuem entre 40 e 49 anos e a maior parte deles (79,1%) está casada. Entre os solteiros, divorciados, separados judicialmente e viúvos, as mulheres são a grande maioria (80%).
O número de pais que querem adotar é cinco vezes maior do que a quantidade de crianças e adolescentes aptos à adoção – 5.281 em todo o Brasil. Quase 80% deles também são das regiões Sul e Sudeste. O grande empecilho para as adoções é a exigência de idade por parte dos pretendentes, principalmente entre aqueles que têm preferência por crianças brancas. Segundo os pesquisadores, os pais que buscam exclusivamente esse perfil racial, em geral, não aceitam crianças que têm mais de três anos.
Já os que aceitam unicamente crianças pretas, pardas ou indígenas costumam ser mais flexíveis e, em geral, não fazem outros tipos de restrição como de idade ou sexo. O percentual de pretendentes que buscam essas raças na hora de adotar é maior nas regiões Norte e Centro-Oeste (cerca de 50%), enquanto a média nacional é de aproximadamente 35%. Quem busca crianças mais velhas, com mais de seis anos, tampouco costuma fazer restrições quanto às demais características do futuro filho.
Norte – A região Norte responde por 2,3% do total de pessoas que desejam adotar inscritas no Cadastro Nacional de Adoção. Nesse universo, o percentual de casados (64,1%) é o menor quando comparado às demais regiões brasileiras. Por outro lado, os pretendentes solteiros (16,1%) e em união estável (15,3%) apresentam os percentuais mais expressivos em relação às outras partes do Brasil. De acordo com o estudo, também está no Norte a maior proporção de pessoas entre 18 e 39 anos que querem se tornar pais adotivos (38,2%), sendo, proporcionalmente, a região com pretendentes mais jovens.
Nordeste – O Nordeste chamou a atenção dos pesquisadores pelo percentual de pretendentes divorciados – 3,2% dos candidatos –, o mais expressivo do País. Os viúvos também correspondem ao dobro da média nacional. Embora o Nordeste seja a região brasileira cuja população apresenta a menor expectativa de vida – 70,4 anos, segundo dados de 2009 do IBGE –, 23% dos pretendentes nordestinos inscritos no cadastro têm mais de 50 anos. Esse percentual é superior ao aferido nas regiões Sudeste (22,8%), Norte (20,9%) e Centro-Oeste (20,2%).
Centro-Oeste – Embora no Centro-Oeste os casados sejam maioria entre os que desejam adotar (70%), no universo de mulheres, as pretendentes à adoção que são divorciadas (7,3%) apresentam o maior índice regional. Em relação à faixa etária, assim como no Nordeste, é elevado o número de pessoas com mais de 50 anos que querem adotar (20,2%). O Centro-Oeste é a região do país que possui o percentual mais expressivo de pretendentes na faixa de 30 a 49 anos de idade (75,4%).
Sudeste – A região mais populosa do Brasil é responsável por aproximadamente 50% dos pretendentes registrados no Cadastro Nacional de Adoção, grande parte deles (43,9%) com idade entre 40 e 49 anos – o maior percentual registrado nessa faixa etária. No tocante às mulheres que buscam um filho adotivo, o Sudeste apresenta o maior percentual de casadas (54,2%), enquanto os índices de solteiras (26,4%) e em união estável (8,4%) são menores em relação às demais regiões analisadas.
Sul – O Sul apresenta o maior percentual de pretendentes casados (82,3%) do País. Por outro lado, os índices relativos aos futuros pais em união estável (7,9%), solteiros (7,5%), divorciados (1%) e viúvos (0,5%) são os menos significativos quando comparados às demais regiões político-administrativas brasileiras. A região também apresenta o maior percentual de homens (81,2%) inscritos no Cadastro Nacional de Adoção. O número de pessoas maiores de 60 anos que querem adotar no Sul (10,4%) também é proporcionalmente o maior do País.
Mariana Braga
Agência CNJ de Notícias

Fonte: Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção
 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Saudades

Sou de um tempo, e nem faz tanto tempo assim, que as famílias tinham apenas um aparelho de TV (preto e branco) na sala da casa onde se reuniam com alguns vizinhos para assistir a novela das 20h que atualmente é exibida às 21h.
Lembro que tomávamos uma Coca Cola de 1 litro de vidro retornável a cada domingo e, me parece, não sei ao certo se é saudosísmo, mas aquela Coca dava para a família toda, agora já temos refeigerantes de até 3 litros e meio e não é suficiente,,,
Os amigos, ha que delcia! Chegavam nas casas, almoçavam geralmente macarronada com carne assada, sorvete Kibon para a sobremesa. Havia abraços, risos, gargalhadas que eram ouvidas nas outras casas da vizinhança, bingo, crianças correndo no quintal, brincando na rua, bebendo água da mangueira... Surpreso? É verdade, podia-se brincar nas ruas e beber água da mangueira, ninguém desconfiava da CEDAE ou comprava esses garrafões de àgua de agora.
Pois bem, um dia acordei e me dei conta de que aquele quase sonho havia desaparecido como que num estalo de dedos e no seu lugar havia um computador que me afastavam através da tela do contato de fato das pessoas.
Aqueles amigos, vizinhos e as crianças de outrora trocaram o real pelo virtual, passaram para uma espécie de carreira solo onde sem perceber idolatram a tela dando todo o seu tempo para ficar em frente a ele.
Mas é claro que as pessoas têm sempre uma boa justificativa , afinal nesses dias todos andam muito ocupados carregando verdadeiros fardos pesadíssimos desnecessários e sempre quando lhes convém lançam mão daquela velha desculpa para não se relacionar efetivamente: Estou sem tempo.
A questão de verdade não é a falta de tempo e sim o tempo que se perde na frente da tela hipinotizadora ou da TV que dita os comportamentos que são aceitos de cabeça baixa, sem pensar.
É claro que o avanço da tecnologia nos beneficiou em muito, mas ela não deve nos dominar. O ser humano é o seu criador e não seu escravo, o resultado disso são os números das pesquisas que demonstram cada vez mais pessoas solitárias, depressivas e suicidas, vivendo um sofisma.

Adoção


O que é adoção?
Adoção é o ato de amor consciente;
É o poder do exercício da paternidade, maternidade ou pãeternidade;
É o direito de ter direito um filho;
É o direito de dar a uma criança uma família;
É o direito de amar e execer o amor.
Adoção é a forma mais perfeita de colocação de crianças e adolescentes em família substituta.
A adoção é algo muito antigo na história da humanidade, temos como exemplo Moisés adotado pela filha de Faraó, o próprio Jesus que foi adotado por José e todos nós que somos filhos de Deus por adoção, então sangue é um detalhe.
Pense: quando viemos para esse mundo, viemos todos do mesmo lugar, de Deus, para entrar aqui é preciso de uma porta, uma mulher, e quando a nossa mãe não pode abrir essa porta, Deus providencia outra porta, a biológica, então o filho adotado sempre foi filho da mãe adotiva.
Sangue perece e o Amor é para sempre.

É direito de toda criança

O trabalho e o entendimento dos direitos da criança e adolescentes humaniza as pessoas. É preciso divulgar, fazer compreender o espírito da lei 8069/90 e observá-la com prazer.
Sinto-me, realmente, privilegiada por poder participar conscientemente para o efetivo exercício do direito de indivíduos em formação.
Amar, observar e lutar para o cumprimento dessa lei significa não permitir a extinção da sociedade, é amar, a si mesmo e ao próximo, porque respeitando crianças e adolescentes estamos, na verdade respeitando a nós mesmos, respeitando a família, os vizinhos, os amigos, a escola, enfim todos.
Embora haja inúmeras confusões relacionadas ao tema, interpretações toscas e sem fundamento, o ECA, é sem dúvida, uma lei de paz, amor e esperança. É a proteção salvadora do futuro, o carinho, é o sonho lindo de liberdade real possível, que a maior parte da sociedade desconhece, é o cuidado, defendido pela Prof.ª Tânia da Silva Pereira, por isso, é direito de toda criança que todos tenham acesso e conhecimento da lei protetiva específica e assim teremos uma sociedade melhor no futuro.

Acreditar


Sou uma voz no deserto, mas não importa, seguirei no acreditar do bem estar da criança e do adolescente e, pensando nisso, achei no meu computador um pequeno texto antigo meu, parte das minhas divagações no sentido de tentar demonstrar o meu sentimento latente e contínuo de promover de alguma forma o melhor interesse dos seres humanos em desenvolvimento, por isso, passo, agora a compartilhar com alguém que um dia certamente o lerá, já que, por hora, não tenho seguidor algum no presente blog:

Você era, ainda, um anjinho morador do céu quando eu esperava e sonhava com momento de te encontrar.
Um dia Papai do Céu te chamou e lhe disse:
- Vou te transformar numa sementinha, vou te colocar numa terra e quando você brotar, brotará no coração daqueles que te desejam e esperam, teus verdadeiros pais. Durante a viagem, não se preocupe, você não se perderá deles, farei com que vocês se encontrem.
E, assim foi meu (a) filho(a), você brotou, florescendo minha vida, és meu(a), desde sempre e veio para mim.
Tínhamos apenas que esperar o momento certo que agora chegou.
Estamos juntos e imensamente felizes.
Te amo.

E, complementando o texto acima e aproveitando o momento, me veio agora uma experiência maravilhosa que tive recentemente com minha filhinha mais nova, 4 anos, NINA:
-Mamãe, onde eu estava antes de ser sua filha e irmã da NICOLE?
Fiquei impactada com pergunta tão pura e de extrema dificuldade de resposta para um adulto já indurecido pelos anos da vida. Então, eu a convidei para sentarmos, ficamos por alguns segundos em silêncio olhando uma nos olhos da outra e durante esses segundos, pedi a Deus que me iluminase na resposta que deveria ser única e verdadeira, assim respeirei e respondi enquanto ela não tirava os olhos dos meus olhos, como se quisesse e pudesse me ver por dentro:
- Filha você estava no céu com vários outros anjinhos, enrolada numa mantinha branca resplandecente, num bercinho pequeninho ao lado da sua irmã que estava no outro.
Ela continuava me olhando por dentro, querendo saber mais, e eu continuei:
-Aí, um dia o Papai do céu, mandou a Nicole vir me encontrar e pediu que você aguardasse. Você ficou lá por mais um tempinho e depois chegou a sua vez de encontrar a mamãe, voccê não se lembra?
- Não mamãe, não lembro.
Angela, a Borges

Grupos de Apoio?

 
Engraçado, venho me perguntando: Por que cada vez mais existem grupos, associações, ONGs nos nossos dias?
Não sei não, mas chego a pensar que trata-se de mais uma forma de dominação, assim como a escravidão passada, a dos nossos dias, certas políticas e religiões.
Parece-me que as pessoas por não terem certos acessos ou algum tipo de informação sobre determinado assunto e, também, na ânsia de conhecimento ou de simplesmente não desejarem ser reconhecidas como desinformadas, submetem-se à certos grupos que em nome da informação, acabam por manipular muitos, negando, na verdade, as verdadeiras informações aos "sedentos" seguidores.
Isso constato quando olho para certos comportamentos e algumas falas desses seguidores. Primeiro parece que uma lavagem cerebral foi feita, a ponto dessas pessoas, muitas vezes bem intencionadas, repetirem ipsis literis o texto ouvido nessas reuniões como se fossem papagaios. Eu, em parte, até defendo essas pessoas. Estamos tão acostumados a deixar outros pensarem através de nossas cabeças...lamentável.
Ocorre que por trás desse "desprendimento" de quem encabeça esses grupos, existem outros interesses: projeção da mídia, política e até mesmo os financeiros.
Claro que eles mesmos dizem que isso não tem nenhuma ligação com política, mídia ou finanças, a pregação gira em torno da melhor interesse das crianças. Mas, que crianças? São todos adultos e os adultos que encabeçam são muito bem informados e sabem exatamente o que estão fazendo. Só se, pelo hábito da pregação, eles também já crêem naquilo que dizem, e se for assim, o problema é bem mais sério, temos mentes cauterizadas pela meia verdade ja tão pregada.
Eu que já há algum tempo, luto pela liberdade autônoma do pensar e não quero aceitar mais nenhum tipo de dominação, grito quase que como uma voz no deserto.
A Adoção não pode ser somente objeto de interesses de pequenos grupos ou associações, porque esses grupos beneficiam apenas alguns poucos adultos que são ensinados por outros adultos a rezarem pela cartilha própria conviniente. A Adoção é muito mais do que isso, ela deve, primordialmente, atender aos interesse daqueles que estão em processo de formação física e psiquica, deve atender a necessidade de uma criança ter uma família, que é o primeiro lugar que vive em sociedade.
Não se pode aceitar que como gravadores repitamos o que querem alguns. É preciso analisar cada caso, e não, em nome da fila dos adultos, romper à força laços construídos entre uma criança e uma família.
Eu sei, é claro que vão aparecer os defensores de plantão para contestar, mesmo sem a procurção devida, os fatos aqui narrados, por isso, deixo claro que não pretendo levantar bandeira alguma e também não pretendo lavar a capacidade de pensar do leitor, a ídéia principal é fazê-lo refletir o quanto, ultimamente, temos repetido frases e/ou pensamentos alheios como se fossemos meros robôs.
Posted 18th May 2011 by

1. O Kit Gay e a Educação - a mentira com aparência de verdade.

Lembro-me quando minha irmã e eu éramos crianças... minha mãe, mesmo muito humilde, nos dava a educação que acreditava ser a melhor para nós. E hoje sei, era e é a melhor para nós até agora.
No início dos anos 80, apareceu uma psicologia moderna, que afirmava que as crianças não deviam ser contrariadas sob a pena da revolta contra a família e problemas psicológicos na vida adulta. Lembro-me muito bem disso, porque àquela época, eu mesma diante da "informação", questionei minha mãe, que afirmou que continuaria me contrariando sempre que fosse necessário. É... D. Lurdes na sua simplicidade sábia...
Dez anos depois, nasce diante da explosão da delinqüência juvenil, resultado da permissividade lançada outrora, o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90, com a finalidade de "salvar aquilo que, ainda, não havia se perdido". Coitado do ECA! Tão cheio de ideais, boas intenções como a proteção e o melhor interesse de crianças e adolescentes, já nasceu fadado à uma missão salvadora impossível de promover uma sociedade futura justa.
Uma lei perfeita, porém sem aplicabilidade in totum. Aplicável, tão-somente, aos fatos apresentados, cada vez mais, horrendos. Isso porque enquanto os pequenos núcleos da sociedade - família - não forem curados, não haverá sociedade futura melhor e mais justa. E essa cura vem de cima, do topo da pirâmide social que não faz nada ou quase nada para que a base possa ascender de alguma forma - e isso começa com a educação de qualidade.
E, agora, não me faltava mais nada! Sinto-me agredida ao constatar que o meu direito de exercer na minha família a educação que acredito; assim como aquela que minha mãe pode exercer numa época que dizem ser menos desenvolvida; não poderá subsistir a essa pretensão veiculada hodiernamente, pois, ainda que essa pretensão não se concretize, ficará marcada na vida das famílias e na história do país.
O que está acontecendo conosco?
Aonde chegaremos com esses passos largos, que não são nossos e que só nos levam para o abismo?
Isso é cercear o direito de escolha da educação familiar, a educação que a família acredita ser necessária aos filhos.
Isso tudo, todo esse barulho em nome de um "bem estar", educa em quê?
Qual é o objetivo?
Será que não é privilegiar um pequeno grupo em detrimento de um grande grupo?
Então, a partir de agora, os "discriminados" ficam livres para se expressarem como quiserem?
E as inocentes crianças que desconhecem o tal preconceito apregoado?
E nós os pais devemos assistir e aceitar que nos empurrem de goela abaixo e, ainda, nas escolas, esse tipo de filme, kit, ou seja, lá o que for?
Será que a discriminação não estaria sendo reforçada?
Quem mais promove a tal discriminação que dá origem ao medo e a violência é a televisão que, na verdade, mais alimenta esse tipo de comportamento do que esclarece de fato. E, não é somente contra os gays, mas também contra os negros, os nordestinos, as mulheres, os judeus, os pobres, os miseráveis, os deficientes físicos e mentais..., por isso, não estou falando aqui contra os discriminados porque também sou discriminada, mas sim em favor das crianças, observando o que dispõe o espírito da Lei 8069/90, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A solução Salomônica é que cada pai que desejar dar esse tipo de educação para seus filhos que leve o kit para casa e discuta o assunto em família e que cada pessoa discriminada recorra ao judiciário, assim os direitos de todos serão realmente respeitados.
Deixo bem claro e em "caixa alta": NÃO TENHO NADA CONTRA HOMOSSEXUAIS E, NINGUÉM DEVERIA TER, PORQUE SÃO SERES HUMANOS COMO TODOS NÓS, mas tenho contra essa forma que quer amordaçar não somente nossas bocas, mas também, nossas mentes e que contraria, totalmente, os princípios da Constituição Federal, é como aquele trecho da música da mineirada do clube da esquina, Milton Nascimento, Lô Borges e Fernando Brant que diz: "...Em meio a tantos gases lacrimogêneos ficam calmos, calmos ...E lá se vai mais um dia ...E o Rio de asfalto e gente entorna pelas ladeiras, entope o meio fio...” E, é isso mesmo, gases lacrimogêneos que imobilizam quase todos.
Sei que o crescimento acentuado da população gera uma expectativa frente ao apelo por criação de mais de leis como panacéia para todos os males, simplesmente, porque a nossa sociedade não compreende a distância entre o real e a fantasia, a necessidade daquilo que realmente vem nos faltando: Família e Educação de verdade.
Imagine se cada grupo discriminado passar a requerer uma lei específica?
Se isso ocorrer, a CRFB/88 poderá também ser rasgada, pois esta já diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade - art. 5º.
Quem disse que crianças e, principalmente, as do primeiro seguimento da educação fundamental precisam desse tipo de "educação"?
Isso, na verdade, é acabar com a infância, é fazer com que uma criança amadureça a força como fruta verde, tirada do pé antes da época, que precisa ser embrulhada em uma folha de jornal dentro de um forno. Crianças pensam em brincar e têm um tempo certo e individual para o amadurecimento, elas não vêem as coisas dessa forma maldosa e embaçada.
Não sou tola ao ponto de dizer que elas não sofrem a influência perniciosa dos adultos, por isso mesmo, insisto que o problema está na sociedade e não será apenas um "kit" que nos ensinará a conviver com as diferenças. O que fará a diferença para conviver com as diferenças é exatamente a educação simples e pura sem sofismas.